Todas as grandes obras, todos os clássicos, tratam sobre ela, sobre o desespero, o fim. Temos Lolita, que conta a história de um pedófilo (algo nem um pouco miserável, imagina). Temos Édipo, um caso em que o destino nos controla e não conseguimos fugir dele. Romeu e Julieta, com seu amor (amor? Atração física entre adolescentes, na minha opinião. Sei que serei linchada na rua depois dessa, mas ao menos viraria mártir e aumentaria a chance desse blog se expandir em número de leitores!), flerte fatal (trocadilho infame). Hamlet, com suas dúvidas e ruínas (dois do mesmo autor. Isso é apelação, não vale. Esses são apenas alguns exemplos que me passam na cabeça, mas existem milhares (leiam os russos e todos aqueles da região e cortem seus pulsos). Kafka sempre ganhou de mim. Nunca terminei “A Metamorfose” nem “O Processo”.
A tristeza alheia, sua dor, sofrimento, nos acalenta. Existe algo pior que minha vida. Não nos interessa se é ficção ou realidade. Somos abutres. A felicidade nos enoja. Apenas a aceitamos quando é uma comédia, como as comédias românticas Holliwoodianas ou, voltando a Shakespeare, “Sonhos de uma noite de Verão”. Mas desses dois exemplos, só um é clássico.
Começam a concordar comigo?
Aos autores sem sensibilidade à dor, sobram os blockbusters e a auto-ajuda. Deus, me proteja de tão baixo nível! Modinhas passageiras. A dor é universal, existe até em universos paralelos, como os de Tolkien. A solidão também. Sofrer por amor, a angústia, indecisão, carência. Todos estão em todas as culturas. Quem não quer ser imortalizado pela arte, sua arte? Kafka, não o queria, mas não o respeitaram, ainda bem! É o único que me venceu três vezes! Me deu um Perfect! Lolita quase conseguiu também, mas quase não é o mesmo que conseguir. Quando eu digo “me vencer”, sempre me refiro à livros que eu peguei por livre e espontânea vontade, mas não o terminei. Não me venham com aquelas leituras obrigatórias de colégio e vestibular. Raríssimas pessoas tem paciência com eles. Talvez, se não fossem obrigatórias...
Estou me escapando do assunto de novo ou será que é ele que escapa de mim? Minha megalomania aceita apenas a primeira opção. Como um assunto teria tamanho poder sobre mim, seria tão mais inteligente que eu?
Solidão. Me lembrou “Firmin” de Sam Savage, ótima recomendação do meu amigo livreiro de Nova Petrópolis (também de propaganda se vive, mesmo essa sendo gratuita). A solidão derivada do conhecimento e cultura em demasia. Já escrevi sobre isso, lembram? Não sou a única que pensa assim. Cultura demais, muitas leituras = vácuo. Ninguém te entende. E o autor retratou exatamente isso! O prazer e a solidão derivados da leitura.
Viram? SOLIDÃO! O gancho que eu precisava para retomar o curso desse texto. Hahaha! Sou mais poderosa que ele (pequeno acesso de megalomania. Espero não ter assustado ninguém e que o mesmo já tenha passado).
A Miséria humana é o segredo. Próximo texto, será sobre um artista com atitude blasé! Um texto se forma na minha cabeça, mas aqueles que acompanham minhas fics sabem que o parto sempre é difícil e doloroso. Até conseguir escrever ele, esqueçam atualizações, leitores de meus textos.
Qual a razão de um Artista blasé, vocês se perguntam. Bom, é alguem que se decepcionou com a vida, alguem beirando a letargia. Alguém morto, da mesma forma que eu não quero ser, como foi dito no meu último texto. Um “alternativo”, com todo o peso que esse grupo carrega, mas sem seu lado positivo. Beirando a miséria.
Beijos, até lá!
(Meu Deus, com esse texto, cheguei ao fundo do poço! Propagandas e Ganchos!)
Valkeyria's World! Cuidado com vender suas idéias!
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