Escadas

Teria sido tão fácil. Precisaria apenas abrir as mãos. Todo o resto seria fácil. As pernas já estavam prontas para isso. Se eu soltasse as mãos, as pernas soltariam o peso do corpo também. O corpo rolaria e o vazio o acolheria de braços abertos. Sua consciência já estava embotada. A idéia parecia mais tentadora cada vez que a escada rolante me levava mais alto.
Era sempre a mesma idéia, sempre que se sentia triste e estava em uma escada rolante. Quando estava feliz, tinha a mania de “pular as mãos”, como gostava de chamar. Quando estava triste, tinhas algumas manias típicas de TOC. Evitava certas faltas de padrões, como os quadrinhos menores do Shopping onde estava. “Qual a lógica desses quadradinhos? Deixar mais “divertido e colorido”, como chamam os decoradores e dsigners?” Lavava as mãos com mais freqüência e revisava tudo mais de 3 vezes, além de necessitar simetria nas sensações que seu corpo recebia. Ou seja, se ela tocava uma bochecha, precisava tocar da mesma forma a outra. Acabava assim, passando uma tarde inteira tentando achar o equilíbrio simétrico. Mas, naquele momento, sonhava apenas em largar as mãos do corrimão. Se as pernas também se soltassem (e elas pareciam querer que o peso do corpo desabasse), a força da inércia e da gravidade fariam com que ela rolasse para baixo. Seria como nos filmes? Seu corpo rolaria bonitinho, como se fizesse cambalhotas, para se espatifar contra a coluna lá em baixo? Ou suas pernas e seus braços se sacudiriam de forma bizarra, quebrando-se a cada batido? Ou ainda, rolaria como uma artista circense, uma atleta da ginástica artística, sua coluna voltando-se para trás, caindo de cabeça (já que nem sequer gostaria de mexer os braços, pois estragaria a experiência)? Já não importaria mais. Ela queria fazê-lo, mas suas mãos respondiam apenas àquela pequena parte ainda consciente de sua mente que gritava “NÃO” de forma irritante. Por que? Por qual motivo? O que valia a pena na vida? A parte consciente nada respondia, mas usava toda sua influência para manter o corpo em pé e as mãos no corrimão.
A discussão interna acabou. A escada chegou ao fim. O corpo responde sem vontade ao comando consciente: sair das escadas. Parece que o corpo queria seguir reto, sem evitar o fim da escada. O que ocorreria se assim o fizesse? Caminhando como uma sonambula até a mesa, o corpo se senta na cadeira e a razão volta a predominar, mas a vontade e a curiosidade continua: e se eu realmente fizesse isso? A mente volta a se entorpecer. A névoa embaça tudo, mas o corpo não reage ao comando que o levaria de volta às escadas. Afinal, qual a razão disso tudo?

O corpo ainda parece estar em um lugar irreal. Cada passo parece maior ou menor do que realmente é, a mesa bamba, cada vez que se inclina, parece que fica com o tampo perpendicular ao solo. Acho que vou descer de elevador.


















weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


vortei. bjo gente, brigada por esperarem.

Valkeyria's World: Quem tá vivo sempre aparece!

sexta-feira, 26 de março de 2010 às 09:33

3 Comments to "Escadas"

Weeeeeeeeeee
quem tá vivo seeempre aparece!!!

Ixii.. acho q eu não vou usar escadas por um bom tempo, vai que me dá um ataque psicótico. Se bem que no elevador alguém poderia tirar o "teto" e ficar pulando á em cima. Huahsuahsuahsuahsuahs... o jeito é não parar de tomar os remédios!


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...


BAZZINGA!
Huahsuashuashuahsuahsuahsuahsuahsuahs (x100000²³¹)

Aah esqueci de falar:
Template nooovo néee?
Huashuahsuahsauhs... "peem ponito"

Mudar é preciso. E acho que ficou parecido com meus pensamentos sombrios da época em que escrevi "Escadas". Ou talvez seja parecido com minha própria cabeça: Pontos de cor e de luz entre o escuro e tons de cinza...

Sei lá...

Talvez, apenas queria mudar, ficar diferente dos outros blogs...

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