18 verdades acidas sobre a lista "18 Verdades cruéis sobre os relacionamentos modernos que você vai ter que encarar".

Hoje li uma da maior estupidez sobre relacionamentos.

Era uma lista: "18 Verdades cruéis sobre os relacionamentos modernos que você vai ter que encarar" (link abaixo).

http://relatosdeumadiva.wordpress.com/2014/04/11/18-verdades-crueis-sobre-os-relacionamentos-modernos-que-voce-vai-ter-que-encarar/

Pq eu discordo? Pq o que eh descrito ai, nao eh um relacionamento, pelo menos, nao um saudavel.

Segue minha replica.




1- Uma relaçao deve ser uma parceria. Não deve existir isso de “quem se importa menos/quem se importa mais”, muito menos uma batalha por “poder”. Se voce pensa assim, esta num relacionamento abusivo que oprime/ anula um dos lados. Isso e MUITO infantil.

2- Se voce ou a outra pessoa estao “Jogando”, não havera um relacionamento serio. Manipulaçao e abuso psicológicos? Voce não entendeu o que eu disse no item 1?

3- Preciso explicar outra vez o item 1 e 2? Se ela se esforça tanto para parecer dificil, eh pq ela não se importa muito com seu sofrimento.

4- Novas tecnologias estao ai. Alem disso, na realidade brasileira, uma mensagem eh mt mais barata que uma ligaçao. Mas nada se compara com ouvir a voz da pessoa amada, ainda mais no incio de tudo. Ver aquele numero na tela do seu celular faz o coraçao bater mais forte. E ouvir a voz rouca de sono do outro lado da linha ou ouvir o som daquele riso ou perceber que o outro esta sorrindo pelo tom de voz que esta empregando... Se voce não faz isso, nao sabe o que esta perdendo.

5- O que vale pra um lado, vale pro outro. Voce pode marcar de ultima hora tbm. Mas vamos falar serio: Pq vc esta com uma pessoa que não te considera uma prioridade? Cade sua auto-estima?

6- A pessoa te magoou. Comemore! De um pe na bunda dela ou, se ela te deixou, pense que pior seria ficar com uma pessoa que esta infeliz ao seu lado ou, pior, que não se importa contigo. Use isso pra se livrar de uma criatura que não TE MERECE.

7- Açoes romanticas podem ser consideradas assustadoras, dependendo o grau de intimidade que voces tem e a intensidade delas. Nada a ver com o quanto o outro esta atraido por voce.

8- Os tempos mudam e temos que nos adaptar a eles. Pode ser feio e pouco romantico, mas com paciencia e tato, eh possivel mudar esse linguajar de seu/sua pretendente.

9- Isso eh verdade. Pessoas sem carater e mentirosas existem. Mas dizer que isso eh atual, eh, no minimo, ingenuo. Sempre existiram pessoas assim e sempre existiram pessoas que cairam nas artimanhas delas.

10- Rarissimas vezes, as operadoras falham. As vezes, a pessoa não esta do lado do telefone, as vezes acabou a bateria. Mas quando isso acontece pela 4ª ou 5ª vez na semana, desencana. Essa pessoa não esta a fim de voce. Não perca tempo.

11- Voce realmete esta a fim de ficar com alguem que não te assume, te trai e ainda por cima se apega a tecnicalidades pra não parecer um cretino diante dos amigos (se liga, essa pessoa não se importa com os SEUS sentimentos)? Cade sua auto-estima?

12- Depende da pessoa se ela vai aceitar a tentaçao ou não. Não se iluda: a culpa não e das midias sociais. Se a pessoa QUER TRAIR, ela VAI DAR UM JEITO.

13- Preciso repetir o que disse no item 12? Depende da visao da pessoa sobre o relacionamento que esta vivendo e a importancia que ela da a isso que voces compartilham.

14- Sempre foi assim. Temos medo de não sermos aceitos. Alem disso, quando estamos apaixonados, dificilmente vemos os defeitos do outro. Conforme a paixao passa, percebemos o que não enxergavamos antes. Nesse momento, temos que pesar os pros e os contras.

15- Se não sabe brincar, não desce pro play. Simples: se voce tem medo das duas opçoes (não durar ou durar ate o fim de sua vida), voce deve considerar se REALMENTE e maduro o suficiente para entrar em um relacionamento. De outra forma, voce estara brincando com os sentimentos do outro (e depois reclama das outras pessoas que fizeram isso com voce). CRESÇA!

16- Se a pessoa não te “assume”, não te cita: tem CERTEZA que eh so pra voce? Essa pessoa pode reaproveitar tudo isso com o proximo ou ate mesmo ter usado isso com o ex. Ou estar envolvido com mais de uma pessoa. De indiretas ate que sejas citado. Se isso não ocorrer logo, pe na bunda. Olha a auto-estima.

17- Voce não confia em seu companheiro? Pq vcs estao juntos entao? Voce não confia em si mesmo? Use essa concorrencia pra “esquentar” um pouco o relacionamento e lembrar o outro pq voce eh a pessoa especial. E se tudo der errado, levante-se, sacuda a poeira e lembre-se: da mesma forma que voce não eh propriedade de ninguem, o mesmo ocorre com aquele que te deixou. Decepçoes vao ocorrer, o coraçao tem leis proprias. Voce vai achar outra pessoa.

18- TODO PE NA BUNDA EH BRUTAL. Não existe forma facil. Sempre eh doloroso. Mas como eu disse antes: pra que chorar por quem não consegue ser gentil com aquele que um dia amou? Mesmo que o amor acabe, a pessoa deve se lembrar das alegrias e ser decente e carinhoso nessa hora tao dificil.



Lembre-se: quando seu/sua companheir@ fizer algo indesculpavel, que te magoe ate o tutano dos ossos, pense que eh melhor ter descoberto isso cedo do que depois de anos de convivencia.

AUTO ESTIMA SEMPRE. Se voce não se ama, não vai existir relacionamento saudavel pra voce.

E antes de falar mal do outro, veja se voce nao fez a mesmo coisa. Veja se voce nao foi o "outro", o "cretino".




Peço desculpas pela faltas de acentos. Meu teclado super se desconfigurou e nao consigo mais acentuar.

Att
Valki Fanto

sábado, 26 de abril de 2014 às 18:24 , 0 Comments

Quem precisa de ajuda?

Boa noite

Te peço desculpas, ja adiantada. Mas no momento, tu foi a unica pessoa a quem eu posso recorrer. Sim, vc eh, ja que abriu o link que te enviei ou pq es um leitor fiel que me acompanha. Em todo caso, vc quer REALMENTE ouvir a resposta VERDADEIRA para a pergunta: "como vai?" ou "tudo bem?".

Tem dias que viver e fingir que td esta bem eh dificil. Nao sabes o quanto me esforço pra botar um sorriso na cara pra parecer que estou bem. e o quanto essa mentira tem cobrao seu preço. Todos os dias, botando um sorriso falso pra nao preocupar ninguem da minha familia, apenas para que o tamanho da minha dor e sofrimento nao transpareça. Sempre prestativa, sempre ajudando, sempre funcional. Sempre com uma palavra amiga, um conselho. Sempre chorando escondida, durante o banho, pra esconder o som dos meus soluços.



ja sou um peso morto, inutil. Por que sobrecarregar aqueles que mais amo com minhas dores infundadas?




Serei tao boa atriz, que ninguem percebe?

2 meses enviando curriculo, nenhum resultado. Antes dessa merda de doença, jamais fiquei mais de 15 dias sem conseguir um trabalho. As vezes, nem buscava, me ligvam para oferecer trabalho.

Enquanto isso, esse sorriso terrivel, que eu tanto odeio, preso em meu rosto. Pq nao consigo falar a verdade?

Pq nao consigo expor minha dor?

Seria mais facil?

Pq todos me veem como uma pessoa forte, em que podem buscar um ombro amigo, de tal forma que me impossibilitam a buscar ajuda?

E principalmente, pq so me dou o direito de abrir meu coraçao quando estou fragilizada (em outras palavras, podre de bebada)?

E sim pq recorro ao alcool, sabendo que me faz mal, tu deves estar se perguntando?

Pq me amortece. Eu quase paro de sofrer. Ou, pelo menos, paro de pensar em encher minha mao de comprimidos e toma-los de uma unica vez, Ou cortar meus pulsos. Ou me afogar na pia. Ou simplesmente que tudo estaria melhor se eu simplesmente morresse.

Mas o que isso importa pra ti, deves estar se perguntando.

Porra nenhuma. Mas talvez, este desabafo me faça viver mais um dia.

Att
Valqui

quinta-feira, 10 de abril de 2014 às 15:09 , 1 Comment

Desculpas

Peço desculpas pelo abandono. Vi que tem gente que ainda acessa isso, então, prometo me esforçar para continuar o trabalho. Apenas, preciso de um sinal de vida da parte de vocês também.

terça-feira, 25 de junho de 2013 às 14:23 , 2 Comments

Keep Calm e recoloque a máscara!

Quanta dor se esconde por trás do sorriso fácil? Das piadas prontas? Da simpatia? O que se passa na sua cabeça? Quantas vezes, mesmo destroçado, tivestes que manter-se em pé, em prol de outras pessoas com dificuldades? Quantas vezes os problemas alheios eram menores que os seus, mas a coluna ficou ereta e o ombro à disposição? Quão pesado é ficar de pé? As ruínas romanas continuam, mesmo quebradas, mesmo sendo chamadas de ruínas. Uma pena poderá destruí-las de vez? Um pequeno murmúrio as racharia e elas cairiam? Quão fortes elas ainda estão, realmente? Quanto peso podem suportar, ainda? Assim são aquelas pessoas valentes, que aturam qualquer tempestade em pé, ajudando outras a se levantarem, não permitindo que ninguém perceba que são apenas uma máscara. Se a crosta racha, os outros desconfiam. Mas como?, perguntam. Jamais. O peso opressor de ser sempre a escora, nunca o escorado, pode acabar revelando uma pessoa tão frágil quanto qualquer outra. O sorriso é sua arma, sua forma de contornar o medo de ser descoberto, de ser considerado inútil. O sorriso é sua defesa, nesse fortim interno. Quando essa pessoa rachar, ajude-a. Não faça cobranças que ela já não pode pagar, não a quebre mais. Não a faça se sentir pior. Não a mate ainda mais por dentro. E não aponte para sua fraqueza. Essa é a única forma de juntar os pedaços da máscara caída e colá-la utra vez à face.

às 13:24 , 0 Comments

Aqui no CABAM, decido acessar à WIFI da UFRGS. Procuro rede e...


eis a surpresa!




Encontro a rede da UFRGS, da FABICO, de duas casas e uma nomeada "Carroceiro".

É foda, hein. Aqui tá a prova do crime!






terça-feira, 29 de março de 2011 às 07:19 , 0 Comments

News

Só para sinalizar que estou viva e contar as novidades.

Me inscrevi em um concurso literário!
Lembram daquela poesia? Pois bem, apesar de poesia não ser meu forte (é o que eu acho, pelo menos), mandei ela!

hausuahsaushaushu

Será que terei ela em um livro junto com 40 outros poemas de pessoas desconhecidas?


Pelo menos a poesia ganhou um nome: Cacos de Vidro, cacos de mim.

E eu, uma descrição de merda, como sempre!


Mas sério, eu surtei!
FIQUEI SABENDO DO CONCURSO HOJE, E HOJE ERA O ÚLTIMO DIA!

Agora que já apertei enviar, nem sei pq o fiz. Merda...
Vou procurar outros concursos! Me desejem sorte! (Nos coments, de preferência!)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 às 15:56 , 4 Comments

Amarração (Flores no armário)

Minha avó participou de uma oficina de literatura em janeiro. Em uma das reuniões, um desafio: um texto "Flores no armário"

Minha avó fez o dela, mas eu e meu avô entramos no brincadeira também! Posto agora o meu "Flores no Armário", se eu conseguir a permissão deles, posto os textos deles também, que estão muito divertidos.

Boa leitura!








AMARRAÇÃO


Ele estava cansado. Desde que ela se fora, sem nenhuma explicação, todas as coisas que ela deixara para trás apareciam nos momentos mais inoportunos, fazendo com que a presença dela fosse uma constante graças à sua lembrança. Os momentos mais inoportunos, diga-se de passagem, eram os que ele recebia visitas. Mas não quaisquer visitas. Apenas as femininas. E isso o deixava fulo! Por que diabos ele apenas localizava uma revista esotérica (leitura favorita dela) quando vinha outra mulher? Não aparecia nada disso quando seus amigos vinham para a cervejada pós jogo. E por que ele teimava em lembrar-se dela justo nesses momentos? Por que não conseguia relaxar e aproveitar a companhia ao seu lado, ignorando aquela que o fazia sofrer?
Estava na hora. Reviraria a casa em busca de qualquer coisa que fosse dela, aquela presença constante e desagradável, jogaria tudo no lixo e se tornaria um homem livre! Livre para o que bem entendesse. Livre daquelas memórias.
Começou pela sala, onde jogou fora revistas, fotos, uma porcelana de 1,99 e as capas das almofadas. Não que as capas fossem culpa dela, mas sua mãe que dera. E não queria que pensassem que era o filhinho da mamãe. Aproveitava e também se livrava de tudo que desaprovava. Afinal, a casa era sua!
Passou para a cozinha. Percebeu duas coisas: a primeira era que, para não lembrar-se dela, deveria deixar a pilha de louça suja na pia. Foi o que fez. A segunda, era que se jogasse as coisas que ela trouxe, teria apenas uma frigideira furada. Ignorou a cozinha e foi ao banheiro.
Jogou fora o shampoo dela, junto com o condicionador e vários cremes, todos dentro do Box. Por que não se livrara disso antes? Fazia tanto tempo desde que ela o chamara de capacho de mulher e saiu batendo a porta da frente, voltando só por suas roupas e objetos mais queridos. Capacho de mulher! Ele? Nem pensar! Indignado, achou um pacote de absorventes no armarinho. Corou e enrolou o pacote em várias folhas de jornal antes de jogá-lo fora. Imagina se os outros vissem isso em sua casa! Viu sua Gilette. Lembrou-se que ela sempre usava a sua sem permissão. Enojou-se e jogou fora. Lembrou-se que teria reunião com um cliente no dia seguinte e precisava estar apresentável. Resmungando, recolheu a Gilette do lixo. Foi pro quarto.
Jogou fora os lençóis azuis, verdes e vermelhos! Um homem como ele não teria nada dessa cor. Revirou o criado mudo. Terminou e estava cansado. Só faltava um lugar! O armário!
Atacou ele como Quixote atacou os moinhos. Revirou cabides, prateleiras e caixas. Agora, seriam as gavetas!
Na primeira, além de suas cuecas, uma calcinha. Foi ao saco de lixo, tentando evitar as lembranças eróticas que a peça evocava. Na segunda, meias. Apenas suas. Ótimo. Na terceira, surpresa! Lá no fundo daquela imensidão de peças íntimas rasgadas (peças de casa), um pacote de tecido! Tecido vermelho! Abriu com voracidade. Dentro tinha uma foto sua, um papel com o seu nome escrito sete vezes dentro de um desenho de coração e flores secas.
O que eram aquelas flores dentro do armário? O que era tudo aquilo? Seu rosto se iluminou: tinha as respostas! Aquela idiota metida à bruxa o havia “amarrado” com uma simpatia estúpida. Riu da burrice dela. Mas que simplória. Ela veria só!
Pegou uma tesoura e cortou todo o tecido do embrulho em tiras fininhas. Avançou para o papel (com sua escrita em vermelho também. Ápice da breguice. Seria para simbolizar sangue?), rasgou-o com raiva. Ele haveria de esquecê-la. Ah, se ia! Os picotes ele queimou com um isqueiro, com um olhar demoníaco. Lembrou-se das flores secas. Agarrou-as e amassou com a mão. Quando seus dedos terminaram de despetalar, sentiu uma pontada no coração. “está fazendo efeito, está fazendo efeito!” Pensou, em êxtase. A dor estendeu-se pelo seu braço esquerdo, e ele começou a se sentir fraco. Finalmente, sucumbira ao infarto que o amuleto tanto evitara.


Valqui Fanto

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011 às 11:55 , 0 Comments

Sem título

Depois de séculos, voltando.
Espero que entendam que eu não estava bem. Na verdade, ainda não estou "perfeita". Mas será que alguém algum dia o estará?

Beijos aos leitores.






O que fazer quando sua carga for demais? O que fazer? O que fazer quando, ao nascer, outras pessoas determinam a sua carga? O que fazer se toda a tua vida foi destinada para carregá-la? O que fazer? O que fazer?

Quando toda sua rotina é destinada a fazer com que, futuramente, quando a carga cair em seus ombros, seja mais fácil carregá-la? O que fazer quando se come pensando que, se não se alimentar direito, vais adoecer. Se adoeceres, não poderás cumprir com sua tarefas por um tempo. Se não cumprires com a tarefa, falharás. Se falhares, será mais difícil carregar o fardo futuramente. Futuramente...

Que fazer quando não podes fugir de seus problemas, pois eles estão tão ligados a ti que parece fazer parte de seu corpo? O que fazer? O que fazer quando a caminhada é comprida, cansativa e o peso imaginário do teu fardo futuro é o único que te acompanha? O que fazer, quando, estando em agonia, precisam de teus sorrisos, da tua entonação alegre? Sorria, eles precisam. Eles precisam acreditar que você é capaz de suportar tudo. Não há outra opção. Você é o único que pode levá-la. Deixar os outros preocupados com que condições você chegará no fim da jornada não vai facilitar para você. Muito pelo contrário. Haverá suspeitas e dúvidas. Sorria. Não há fuga possível. Apenas dor, num futuro (distante, talvez, próximo, talvez). Na verdade, não importa o tempo que leve até assumir o problema, sempre será cedo demais.

O que fazer? O que fazer? Nada é sua escolha, tudo já foi decidido. A carga é sua. O sofrimento também. Seja forte. Alguns outros já a suportaram (tiveram sorte, eles a escolheram, eles estavam juntos). Outros boiam em sua ignorância, de forma sublime e poética, tal qual boiou Ofélia (Hamlet). O que fazer? O que fazer?

O que fazer quando sua vida parece a primeira parte de “Sonata para Luz da Lua” (Moonlight Sonata) de Bethoven? O que fazer quando a segunda parte não chega (e nem chegará)? O que fazer? O que fazer?

O que fazer quando, ao estudar, sabe-se que é por apenas um motivo: ter uma profissão, o que, futuramente, tornará o fardo mais leve? O que fazer quando sentimos inveja de nossos colegas por que, para eles, não há pressa, não há pressão? Para eles, há opção.

Como queria uma anestesia mental. Como um trabalho. 8 horas sem pensar nos problemas pessoais. 8 horas com problemas de fácil resolução (por pior que sejam dentro do âmbito). 8 horas com problemas que podem ser resolvidos. 8 horas com preocupações daquele espaço e que, quando acabo meu trabalho/turno, eu esqueça até a manhã/turno seguinte. Problemas que podem ser esquecidos temporariamente. Problemas que podem ser esquecidos.8 horas sem a minha vida. 8 horas como uma funcionária sorridente, feliz, já que não haveriam os MEUS problemas. 8 horas de esquecimento. 8 horas com apenas um objetivo: o salário. Nada de cuidar de problemas que me obrigaram a cuidar. Nada de pensar em como organizar minha vida para lidar mais facilmente com esse incômodo. Nada de passar todas as horas conscientes (e algumas até inconscientes) pensando num único problema futuro. Apenas meu salário. A única preocupação. Mas não tenho essa opção.

O que fazer quando a expectativa já me mata? O que fazer quando nos sentimos em um labirinto sem saída? Sempre voltamos ao meio. E o meio diz: é isto que te espera futuramente. É isto que o futuro te reserva. O problema será ainda pior. Por isso tanta exigência na minha preparação. Não há tempo a ser desperdiçado.

Como invejo os estudantes que ouvi hoje. Quase se formando (pensando na festa de formatura) e tão verdes, imaturos. Infantis. Crianças. E o que vem depois? Pensam na festa. Queria ser como eles. Não há cargas sobre pessoas tão fúteis (de outra forma, não seriam fúteis). Ou será que ninguém lhes confiaria uma carga, já que são fúteis? O que vem antes: o ovo ou a galinha? São fúteis por que não tem problemas ou não tem problemas por que são fúteis?

Queria não me sentir culpada nas vezes que sou fútil. Queria não pensar na minha carga futura. Queria não pensar que outras pessoas não tem computadores para desabafar, como faço agora. Que outra pessoas não sabem escrever. Que outras pessoas não tem comida em casa. Que outras pessoas foram estupradas, assassinadas, sofreram abusos, que já levam cargas piores que a que eu levarei futuramente, sem sequer estarem preparadas para isso.

Queria ser egoísta e esquecer que outros também tem problemas e que, para cada um deles, sua carga é enorme e pesada. Ou pelo menos eles assim a consideram. Da mesma forma que eu considero a minha enorme e pesada.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010 às 07:44 , 2 Comments

Ofender de forma ofensiva

Lendo na internet, olha o que encontro:

http://msn.lancenet.com.br/copa-do-mundo/noticias/10-06-22/777250.stm?futebol-dunga-escapa-de-punicao-por-ofensas-a-jornalista

Parágrafo digno de destaque:

"O comandante da Seleção Brasileira poderia ter sido enquadrado no artigo 57 do Código Disciplinar da Fifa. Nele consta que qualquer pessoa que ofenda alguém de forma ofensiva, corre o risco de sofrer sanções."

Frase digna de destaque (para quem ainda não percebeu):

"Nele consta que qualquer pessoa que ofenda alguém de forma ofensiva, corre o risco de sofrer sanções."

Alguém sabe como ofender alguém sem ser de forma ofensiva???????????????



Link abaixo

http://msn.lancenet.com.br/copa-do-mundo/noticias/10-06-22/777250.stm?futebol-dunga-escapa-de-punicao-por-ofensas-a-jornalista

terça-feira, 22 de junho de 2010 às 06:53 , 1 Comment

Escadas

Teria sido tão fácil. Precisaria apenas abrir as mãos. Todo o resto seria fácil. As pernas já estavam prontas para isso. Se eu soltasse as mãos, as pernas soltariam o peso do corpo também. O corpo rolaria e o vazio o acolheria de braços abertos. Sua consciência já estava embotada. A idéia parecia mais tentadora cada vez que a escada rolante me levava mais alto.
Era sempre a mesma idéia, sempre que se sentia triste e estava em uma escada rolante. Quando estava feliz, tinha a mania de “pular as mãos”, como gostava de chamar. Quando estava triste, tinhas algumas manias típicas de TOC. Evitava certas faltas de padrões, como os quadrinhos menores do Shopping onde estava. “Qual a lógica desses quadradinhos? Deixar mais “divertido e colorido”, como chamam os decoradores e dsigners?” Lavava as mãos com mais freqüência e revisava tudo mais de 3 vezes, além de necessitar simetria nas sensações que seu corpo recebia. Ou seja, se ela tocava uma bochecha, precisava tocar da mesma forma a outra. Acabava assim, passando uma tarde inteira tentando achar o equilíbrio simétrico. Mas, naquele momento, sonhava apenas em largar as mãos do corrimão. Se as pernas também se soltassem (e elas pareciam querer que o peso do corpo desabasse), a força da inércia e da gravidade fariam com que ela rolasse para baixo. Seria como nos filmes? Seu corpo rolaria bonitinho, como se fizesse cambalhotas, para se espatifar contra a coluna lá em baixo? Ou suas pernas e seus braços se sacudiriam de forma bizarra, quebrando-se a cada batido? Ou ainda, rolaria como uma artista circense, uma atleta da ginástica artística, sua coluna voltando-se para trás, caindo de cabeça (já que nem sequer gostaria de mexer os braços, pois estragaria a experiência)? Já não importaria mais. Ela queria fazê-lo, mas suas mãos respondiam apenas àquela pequena parte ainda consciente de sua mente que gritava “NÃO” de forma irritante. Por que? Por qual motivo? O que valia a pena na vida? A parte consciente nada respondia, mas usava toda sua influência para manter o corpo em pé e as mãos no corrimão.
A discussão interna acabou. A escada chegou ao fim. O corpo responde sem vontade ao comando consciente: sair das escadas. Parece que o corpo queria seguir reto, sem evitar o fim da escada. O que ocorreria se assim o fizesse? Caminhando como uma sonambula até a mesa, o corpo se senta na cadeira e a razão volta a predominar, mas a vontade e a curiosidade continua: e se eu realmente fizesse isso? A mente volta a se entorpecer. A névoa embaça tudo, mas o corpo não reage ao comando que o levaria de volta às escadas. Afinal, qual a razão disso tudo?

O corpo ainda parece estar em um lugar irreal. Cada passo parece maior ou menor do que realmente é, a mesa bamba, cada vez que se inclina, parece que fica com o tampo perpendicular ao solo. Acho que vou descer de elevador.


















weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


vortei. bjo gente, brigada por esperarem.

Valkeyria's World: Quem tá vivo sempre aparece!

sexta-feira, 26 de março de 2010 às 09:33 , 3 Comments