Sem título

Depois de séculos, voltando.
Espero que entendam que eu não estava bem. Na verdade, ainda não estou "perfeita". Mas será que alguém algum dia o estará?

Beijos aos leitores.






O que fazer quando sua carga for demais? O que fazer? O que fazer quando, ao nascer, outras pessoas determinam a sua carga? O que fazer se toda a tua vida foi destinada para carregá-la? O que fazer? O que fazer?

Quando toda sua rotina é destinada a fazer com que, futuramente, quando a carga cair em seus ombros, seja mais fácil carregá-la? O que fazer quando se come pensando que, se não se alimentar direito, vais adoecer. Se adoeceres, não poderás cumprir com sua tarefas por um tempo. Se não cumprires com a tarefa, falharás. Se falhares, será mais difícil carregar o fardo futuramente. Futuramente...

Que fazer quando não podes fugir de seus problemas, pois eles estão tão ligados a ti que parece fazer parte de seu corpo? O que fazer? O que fazer quando a caminhada é comprida, cansativa e o peso imaginário do teu fardo futuro é o único que te acompanha? O que fazer, quando, estando em agonia, precisam de teus sorrisos, da tua entonação alegre? Sorria, eles precisam. Eles precisam acreditar que você é capaz de suportar tudo. Não há outra opção. Você é o único que pode levá-la. Deixar os outros preocupados com que condições você chegará no fim da jornada não vai facilitar para você. Muito pelo contrário. Haverá suspeitas e dúvidas. Sorria. Não há fuga possível. Apenas dor, num futuro (distante, talvez, próximo, talvez). Na verdade, não importa o tempo que leve até assumir o problema, sempre será cedo demais.

O que fazer? O que fazer? Nada é sua escolha, tudo já foi decidido. A carga é sua. O sofrimento também. Seja forte. Alguns outros já a suportaram (tiveram sorte, eles a escolheram, eles estavam juntos). Outros boiam em sua ignorância, de forma sublime e poética, tal qual boiou Ofélia (Hamlet). O que fazer? O que fazer?

O que fazer quando sua vida parece a primeira parte de “Sonata para Luz da Lua” (Moonlight Sonata) de Bethoven? O que fazer quando a segunda parte não chega (e nem chegará)? O que fazer? O que fazer?

O que fazer quando, ao estudar, sabe-se que é por apenas um motivo: ter uma profissão, o que, futuramente, tornará o fardo mais leve? O que fazer quando sentimos inveja de nossos colegas por que, para eles, não há pressa, não há pressão? Para eles, há opção.

Como queria uma anestesia mental. Como um trabalho. 8 horas sem pensar nos problemas pessoais. 8 horas com problemas de fácil resolução (por pior que sejam dentro do âmbito). 8 horas com problemas que podem ser resolvidos. 8 horas com preocupações daquele espaço e que, quando acabo meu trabalho/turno, eu esqueça até a manhã/turno seguinte. Problemas que podem ser esquecidos temporariamente. Problemas que podem ser esquecidos.8 horas sem a minha vida. 8 horas como uma funcionária sorridente, feliz, já que não haveriam os MEUS problemas. 8 horas de esquecimento. 8 horas com apenas um objetivo: o salário. Nada de cuidar de problemas que me obrigaram a cuidar. Nada de pensar em como organizar minha vida para lidar mais facilmente com esse incômodo. Nada de passar todas as horas conscientes (e algumas até inconscientes) pensando num único problema futuro. Apenas meu salário. A única preocupação. Mas não tenho essa opção.

O que fazer quando a expectativa já me mata? O que fazer quando nos sentimos em um labirinto sem saída? Sempre voltamos ao meio. E o meio diz: é isto que te espera futuramente. É isto que o futuro te reserva. O problema será ainda pior. Por isso tanta exigência na minha preparação. Não há tempo a ser desperdiçado.

Como invejo os estudantes que ouvi hoje. Quase se formando (pensando na festa de formatura) e tão verdes, imaturos. Infantis. Crianças. E o que vem depois? Pensam na festa. Queria ser como eles. Não há cargas sobre pessoas tão fúteis (de outra forma, não seriam fúteis). Ou será que ninguém lhes confiaria uma carga, já que são fúteis? O que vem antes: o ovo ou a galinha? São fúteis por que não tem problemas ou não tem problemas por que são fúteis?

Queria não me sentir culpada nas vezes que sou fútil. Queria não pensar na minha carga futura. Queria não pensar que outras pessoas não tem computadores para desabafar, como faço agora. Que outra pessoas não sabem escrever. Que outras pessoas não tem comida em casa. Que outras pessoas foram estupradas, assassinadas, sofreram abusos, que já levam cargas piores que a que eu levarei futuramente, sem sequer estarem preparadas para isso.

Queria ser egoísta e esquecer que outros também tem problemas e que, para cada um deles, sua carga é enorme e pesada. Ou pelo menos eles assim a consideram. Da mesma forma que eu considero a minha enorme e pesada.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010 às 07:44 , 2 Comments

Ofender de forma ofensiva

Lendo na internet, olha o que encontro:

http://msn.lancenet.com.br/copa-do-mundo/noticias/10-06-22/777250.stm?futebol-dunga-escapa-de-punicao-por-ofensas-a-jornalista

Parágrafo digno de destaque:

"O comandante da Seleção Brasileira poderia ter sido enquadrado no artigo 57 do Código Disciplinar da Fifa. Nele consta que qualquer pessoa que ofenda alguém de forma ofensiva, corre o risco de sofrer sanções."

Frase digna de destaque (para quem ainda não percebeu):

"Nele consta que qualquer pessoa que ofenda alguém de forma ofensiva, corre o risco de sofrer sanções."

Alguém sabe como ofender alguém sem ser de forma ofensiva???????????????



Link abaixo

http://msn.lancenet.com.br/copa-do-mundo/noticias/10-06-22/777250.stm?futebol-dunga-escapa-de-punicao-por-ofensas-a-jornalista

terça-feira, 22 de junho de 2010 às 06:53 , 1 Comment

Escadas

Teria sido tão fácil. Precisaria apenas abrir as mãos. Todo o resto seria fácil. As pernas já estavam prontas para isso. Se eu soltasse as mãos, as pernas soltariam o peso do corpo também. O corpo rolaria e o vazio o acolheria de braços abertos. Sua consciência já estava embotada. A idéia parecia mais tentadora cada vez que a escada rolante me levava mais alto.
Era sempre a mesma idéia, sempre que se sentia triste e estava em uma escada rolante. Quando estava feliz, tinha a mania de “pular as mãos”, como gostava de chamar. Quando estava triste, tinhas algumas manias típicas de TOC. Evitava certas faltas de padrões, como os quadrinhos menores do Shopping onde estava. “Qual a lógica desses quadradinhos? Deixar mais “divertido e colorido”, como chamam os decoradores e dsigners?” Lavava as mãos com mais freqüência e revisava tudo mais de 3 vezes, além de necessitar simetria nas sensações que seu corpo recebia. Ou seja, se ela tocava uma bochecha, precisava tocar da mesma forma a outra. Acabava assim, passando uma tarde inteira tentando achar o equilíbrio simétrico. Mas, naquele momento, sonhava apenas em largar as mãos do corrimão. Se as pernas também se soltassem (e elas pareciam querer que o peso do corpo desabasse), a força da inércia e da gravidade fariam com que ela rolasse para baixo. Seria como nos filmes? Seu corpo rolaria bonitinho, como se fizesse cambalhotas, para se espatifar contra a coluna lá em baixo? Ou suas pernas e seus braços se sacudiriam de forma bizarra, quebrando-se a cada batido? Ou ainda, rolaria como uma artista circense, uma atleta da ginástica artística, sua coluna voltando-se para trás, caindo de cabeça (já que nem sequer gostaria de mexer os braços, pois estragaria a experiência)? Já não importaria mais. Ela queria fazê-lo, mas suas mãos respondiam apenas àquela pequena parte ainda consciente de sua mente que gritava “NÃO” de forma irritante. Por que? Por qual motivo? O que valia a pena na vida? A parte consciente nada respondia, mas usava toda sua influência para manter o corpo em pé e as mãos no corrimão.
A discussão interna acabou. A escada chegou ao fim. O corpo responde sem vontade ao comando consciente: sair das escadas. Parece que o corpo queria seguir reto, sem evitar o fim da escada. O que ocorreria se assim o fizesse? Caminhando como uma sonambula até a mesa, o corpo se senta na cadeira e a razão volta a predominar, mas a vontade e a curiosidade continua: e se eu realmente fizesse isso? A mente volta a se entorpecer. A névoa embaça tudo, mas o corpo não reage ao comando que o levaria de volta às escadas. Afinal, qual a razão disso tudo?

O corpo ainda parece estar em um lugar irreal. Cada passo parece maior ou menor do que realmente é, a mesa bamba, cada vez que se inclina, parece que fica com o tampo perpendicular ao solo. Acho que vou descer de elevador.


















weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


vortei. bjo gente, brigada por esperarem.

Valkeyria's World: Quem tá vivo sempre aparece!

sexta-feira, 26 de março de 2010 às 09:33 , 3 Comments

POST CANASTRÃO!!!!!!!

Drops de Valki:

Lendo algumas retrospectivas (sim, estou atrasada!!!), vi a lista dos "piores do ano". Nela constava a Sasha, filha da Xuxa, escreveu em seu Twiter: "Sou eu, Sasha. Estou aqui filmando e vai ser um ótimo filme. Tenho que ir. Vou fazer uma sena (sic) com a cobra."

Dizem que um bando de gente riu da guria! Que injusto! A mãe pode fazer o XOU DA XUXA e a Sasha não pode fazer sua "SENA"?



Em que mundo vivemos...




Isso sem falar que, dependendo do site que noticia isso, a primeira frase da guria aparece com ou sem a vírgula. Se ela escreveu sem a vírgula, muita gente não sabe português, já que não repararam na ausência dela, e, se ela escreveu com a vírgula, muitos "jornalistazinhos" não sabe nem noticiar, nem escrever, já que, por favor, é só Ctrl+C e Ctrl+V, literalmente, do Twiter da guria.






Mudando de saco pra mala:

Quero parabenizar à minha professora que discutiu comigo dizendo que catálogo manual era bobagem. Mais uma vez, provei estar certa (ou que eu consigo prever o futuro). Estou numa nova biblioteca e, como ela ficou fechada aproximadamente 5 anos, muita coisa se perdeu, entre elas, o pc com o catálogo. É, lá vou eu com as fichinhas que ela fez questão de NÃO me ensinar...

Pior é que, se eu fizer errado, sou demitida...

Affffffffff, algumas vezes, odeio mentes "moderninhas". Queria pelo menos um topográfico pra me ajudar. (Topográfico: catálogo onde as fichinhas são posicionadas exatamente como os livros nas estantes. É como se fosse uma maquete da biblioteca...)




Haiti

Adorei a crônica do Paulo Sant'Ana "o Haiti é aqui", onde ele fala que, antes de mandar ajuda para fora, temos que ajudar o nosso SUS. Concordo em gênero, número e grau (haushushuahsuahushuauhasuahsuhsuhsuhsuhs Grande piada interna). Além de concordar, acrescento: e as 14 toneladas de alimentos que o Brasil está doando? Estão fazendo falta nas vilinhas perto e longe da minha casa.

Mas é mais bonito doar o que nos falta... Agora só falta fazer um empréstimo com uma instituição qualquer e doar o valor pra eles.
E aí? Angra não sofre mais com seu desabamento?







Bom, tenho mais o que fazer (infelizmente).

Beijo a todos

Valki




Val(key)ria's World: Chutando o balde sobre tudo e ainda tirando sarro...

sábado, 23 de janeiro de 2010 às 05:12 , 4 Comments

Relógio

Senhoras e Senhores:

Uma notícia de última hora que pode alegrar vocês (da mesma forma que me alegrou!!!!).

O Relógio foi atrasado 1 minuto!
Não entendeu????? Tá bom, eu explico.
O relógio do qual falo é, nada mais, nada menos, que o relógio do Apocalipse! Calma, não estou falando sobre nada relacionado à 2012 ou qualquer outra crença. Este relógio foi uma iniciativa de uns cientistas americanos. Cada vez que eles acreditam que o mundo está sob risco nuclear, eles adiantam um minuto. Quando acham que está tudo calmo, eles atrasam. Em teoria, quando o relógio chegar à meia-noite... Talvez o apocalipse venha com um grande BOOOOM de uma explosão nuclear. Pois bem, oficialmente, o relógio marca (atualmente) 6 minutos para meia-noite.

Governos do mundo, por favor, entrem em um acordo sobre as armas nucleares. É a única forma de voltarmos ao meio-dia...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010 às 16:26 , 2 Comments